Dra. Heloisa Viscaíno Pereira- neuropediatra. Informações compartilhadas sobre assuntos relativos ao desenvolvimento neurológico e comportamental nas 2 primeiras décadas,
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
Paralisia cerebral
O termo Paralisia Cerebral refere-se a uma disfunção neuromotora que afeta o cérebro em desenvolvimento. Está relacionada a um problema motor: uma dificuldade de realizar movimentos e a se libertar de um padrão mais reflexo de atos motoresde forma a alcançar etapas esperadas no desenvolvimento voluntário, tais como rolar, sentar, engatinhar e andar. As crianças com este diagnóstico podem ser mais rígidas (espásticas.afetar o corpo todo ou uma parte dele, serem mais molinhas ( hipotônicas) ou apresentarem movimentos descordenados (atáxica e coreoatetótica). Frequentemente houve alguma dificuldade no parto ou antes deleque levou à lesão cerebral por falta de oxigenação ou outros mecanismos. Muitos passaram temporadas longas na UTI neonatal. Nestes casos, sabido o risco, são realizadas consultas de seguimento que visam diagnosticar precocemente os atrasos e indicar reabilitação.
Em alguns casos a causa do atraso motor não é evidente e, por serem bebês sem história de risco, demoram mais a receber o diagnóstico e o tratamento. É muito importante que os pais estejam atentos ao desenvolvimento dos filhos, checando por idade na caderneta da criança.
Ter paralisia cerebral não significa que a pessoa tenha retardo mental. Embora exista uma tendência a ter os dois diagnósticos simultaneamente não devemos considerar que exista retardo mental de antemão sem que sejam realizadas avaliações apropriadas. Este é um conceito importante de salientar pois muitas crianças com problemas motores sérios têm inteligência normal ou próxima ao normal e necessitam de ferramentas específicas para demonstrar suas potencialidades.
Mesmo quando o retardo mental está presente, é fundamental que a criança frequente a escola e realize as atividades necessárias para que alcance o máximo do seu potencial.
Outra questão importante é que existem disfunções não aparentes às quais o pediatra precisa prestar atenção tais como a maior incidência de refluxo gastro esofágico, problemas urinários e ortopédicos além de questões ortodônticas e de saúde mental.
A escola deve ser frequentada desde cedo pois a inclusão é um processo que amadurece junto com a criança, caso-a-caso. Questões de acessibilidade no ambiente escolar, uso de comunicação assistiva e de técnicas específicas de ensino são viáveis e devem ser solicitadas a partir da escola ou por orientação de terapêutas e médicos da criança.
Abaixo seguem alguns endereços úteis.
http://www.lateca-uerj.net/
www.paralisiacerebral.org.br/
http://cerebralpalsy.org/
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